Mais uma vez decido contrariar-me e ver um daqueles filmes que praticamente toda a gente que me rodeia vê e diz: “Magnífico”. E como todos os outros com que isso aconteceu (salvo raríssimas excepções) a palavra “desilusão” é muito pouco.
Não faziam 15 minutos de filme e a meu ver já se podia decifrar todo o seu desenrolar.
Pareceu-me não existir qualquer criatividade dentro do clichê da mente humana e do que realmente parece à primeira vista nem sempre estar correcto. Confesso que adormeci várias vezes durante a película, coisa que é extremamente difícil para mim. Uma pequeníssima história de avanços e recuos e sinceramente sem nada para contar.
É daqueles filmes que infelizmente é demasiado literal para nos poder levar no mundo do pensamento.
Quanto ao nível mais técnico desta “obra” o meu deslumbre é o mesmo, o que me deixa ainda mais triste devido a ser produção de Martin Scorsese.
Pareceu-me ser um daqueles filmes que os grandes génios têm só para preencher calendário e tornarem-se ainda mais ricos. Ângulos monótomos, iluminação clichê e sem grande protagonismo. Sinceramente um filme sem plasticidade visual. Notei ainda alguns pormenores de CGI ou de edição computacional muito mal feitos e arcaicos para a altura em que o filme foi produzido (a ser nítido quando DiCaprio sobe a falésia).
Ao nível sonoro este filme tenta ser mais uma vez algo que realmente não é, ou seja, um thriller. Um som muito fechado com fraca qualidade e sem grande ligação com o movimento do filme.
Para terminar e em consonância com toda a restante crítica, a escolha de actores não foi de todo bem pensada. Personalidades visuais e artísticas bastante diferentes, tal como a atitude perante a câmara. De realçar o trabalho de Mark Ruffalo que neste filme se encontra ainda mais abaixo do habitual, não oferecendo qualquer qualidade nem personalidade à personagem com tal relevância para todo o filme.
Em resumo: foi sem dúvida alguma um dos piores filmes que já vi e não consigo de todo compreender o fascínio da população em geral por ele.
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